Bruno Santos/Terra
Infelizmente a maior parte dos casos é tratada como homicídio culposo, aquele que acontece pela negligência, imprudência ou imperícia. Basta notar as quase 3.000 decisões de jurisprudência unicamente com a busca das palavras "Ônibus em alta velocidade". Mas andar muito acima do limite da via pode ser considerado homicídio doloso, já que o autor assume o risco de causar um acidente.
Imprudência. Abuso de velocidade. Desrespeito às leis de trânsito. Esses são três ingredientes que vemos todos os dias nas grandes avenidas de São Paulo. Uma parte disso é causada por motoristas e motociclistas, mas uma outra parte considerável por aqueles que deveriam zelar pela segurança: os motoristas de ônibus.
Hoje pela manhã mais um acidente grave envolvendo um deles causou a morte de duas pessoas. Basta observar o tamanho da composição e o espaço do corredor de ônibus destinado a esses gigantes para concluirmos que a velocidade de 60 km/h provavelmente não estava sendo respeitada no momento da colisão.
E a cena é habitual no trânsito paulistano. Basta andar por ruas movimentadas para notar como alguns motoristas tratam o ônibus - e seus passageiros - de forma totalmente descuidada e, em alguns casos, irresponsável. Não deveriam essas composições enormes rodar apenas dentro de corredores fechados e com mais segurança?
A quantidade de acidentes causada por ônibus é enorme, alguns deles tão absurdos que fica evidente a falta do zelo que cabe a um profissional do volante. Casos como esse realmente se repetem a cada dia. E temos as mortes causadas no trânsito, além de inúmeros prejuízos à circulação, que não podem ser estatísticas ignoradas.
Infelizmente a maior parte dos casos é tratada como homicídio culposo, aquele que acontece pela negligência, imprudência ou imperícia. Basta notar as quase 3.000 decisões de jurisprudência unicamente com a busca das palavras "Ônibus em alta velocidade". Mas andar muito acima do limite da via pode ser considerado homicídio doloso, já que o autor assume o risco de causar um acidente.
Isso vale para outros casos já comprovados de excesso de velocidade, como nessa matéria do portal R7. Algumas coisas precisam mudar. E de forma urgente. Justamente para separar os maus dos bons motoristas, que certamente são a maioria entre os profissionais do setor, essencial para o transporte de milhões de pessoas todos os dias.
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