Dodge Charger R/T:paixão Mopar em dose dupla

O que se espera de um clássico Dodge dos anos 70? Certamente estilo, esportividade e o ronco que faz muita gente torcer o pescoço quando passa pela rua. Então acrescente mais um exemplar na brincadeira e terá tudo isso em dobro. Somou? São 430 cv para – literalmente – fazer o chão tremer.

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A idéia de juntar dois representantes da Mopar no blog é antiga. Finalmente, no último dia de 2010, a combinação deu certo e os carrões cortaram as ruas vazias de São Paulo em direção ao Jardim América, local previamente escolhido para eternizar o encontro.

Algo que se nota rodando com os V8 é – justamente – a atenção que os dois chamam. Alguns abrem o vidro para dar um olá, outros se lembram de alguma história a bordo dos carros e outros ainda apontam em direção aos bólidos.

E o motivo é simples: quando é que dois modelos nacionais nesse estado de conservação único poderão ser vistos juntos novamente? Os carros são praticamente gêmeos, ano 1976, com a diferença de algumas centenas de exemplares na linha de montagem entre eles.

A sensação do lado de dentro aparece no final do filme. O conforto é garantido pelos assentos macios, mas quando a adrenalina fala mais alto, o motorzão entra em cena e mostra a que veio. O exemplar prata é equipado com transmissão automática, enquanto que o dourado conta com o câmbio de quatro marchas.

Vale lembrar que o Charger R/T foi lançado por aqui em 1971. O “muscle car brasileiro”, como passou a ser conhecido, era equipado com o motor 318 V8, com 215 cv debaixo do pé direito e torque de sobra. A concorrência alinhava nos semáforos com o Maverick GT e Opala SS, sem esquecer o Puma GTB.

E tem mais outro fato que sela a relação fraterna dessas máquinas. Os proprietários Gian Cinelli (prata) e Luís Viana (ouro) são amigos, sócios do Chrysler Clube do Brasil e ambos têm filhos gêmeos. Isso é que é coincidência, hein?