Mustang Bullitt: no melhor estilo Steve McQueen

Esse post começa de modo sensitivo. Imagine a música tema do filme com seu ritmo compassado e clima de suspense. Acrescente o ronco borbulhante do Mustang na cena e o barulho seco de pneus rabiscando o asfalto.

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Frank Bullitt talvez seja um dos personagens mais interessantes do cinema. Mudo, falando o mínimo possível e focado no trabalho, dia e noite, sem tempo de vida social ou diversão. Desse modo se desenhou um grande sucesso das telonas.

Para apimentar as cenas e eternizá-las o fastback verde-musgo, com aspecto limpo e um confiável motor V8, ronronando de forma lasciva pelas ladeiras de San Francisco. Só essa caracterização já teria feito sucesso entre os apaixonados por carro.

E teve mais. A tomada de onze minutos mostrando a perseguição a um Dodge Charger, com direito a saltos e escorregadas nas curvas foi o ingrediente que colocou a produção definitivamente em um lugar diferenciado.

Em 2008 a Ford resolver lançar uma série comemorativa da máquina, com detalhes fiéis ao original de 1968. Vale ressaltar que o carro do filme não tinha logotipos, pois a empresa não deu sequer um único centavo para o projeto. Mas aproveitou a fama anos mais tarde.

Voltando ao nosso destaque, o Bullitt tem características singulares que o diferenciam da versão GT comum. A primeira é justamente o fato de não ter logotipos. A segunda é o painel em aço escovado, muito bem trabalhado, e o jogo de rodas de 18 polegadas inspirado no passado.

O esportivo traz o motor V8, de 4,6 litros e 315 cv. Mas é o aspecto mais subjetivo o que chama a atenção. A marca gastou horas e horas de testes de laboratório para desenvolver canos de escape de 3,5 polegadas que reproduzissem o ronco mais idêntico possível ao da versão original.

A idéia foi criar algo único e colecionável. Apenas alguns exemplares chegaram ao Brasil e é um deles que eu mostro em detalhes. Afivele os cintos e vamos nessa!