Falar em Alfa Romeo é falar também em história, tradição e, o mais importante, paixão. O alfista é aquela pessoa que não somente conhece o carro que possui, mas também outras versões e modelos semelhantes. Além disso, leve sempre consigo uma flanela no porta-luvas para dar um retoque no visual a cada parada.
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A primeira impressão é de sobriedade. Mas não se engane. A Berlina tem o cuore sportivo e temperamento italiano. Portanto, sempre é possível esperar mais alguma coisa quando se dá a partida e pisa fundo no acelerador. As Alfas, em todas as suas gerações, têm uma atração irresistível por curvas e circuitos. Está no sangue.
Mais alguns detalhes devem ser notados através de uma olhada minuciosa no clássico ano 1974. O jogo de rodas Mille Miglia, opcional de época, é um deles. Repare também no adesivo do vidro traseiro: aria condizionata (ar-condicionado).
O modelo pertence ao colecionador mineiro James Mendonça, responsável pela manutenção e conservação do Acervo. “O carro foi comprado há quatro anos, sou o 3º dono e ele tem 75 mil km originais. Foi adquirido de um querido amigo português que por conta de problemas de saúde teve que se desfazer de sua coleção”, revela.
Devido ao excelente estado geral, pouca coisa precisou ser feita. “Levou apenas um banho de pintura e revisão mecânica”, enfatiza o dono. O exemplar conta ainda com vários itens de série. “Manual do proprietário, chave reserva e placa preta. Os bancos são reclináveis, possui ar-condicionado, vidros verdes, painel de madeira com som cassete e aquecedor do vidro traseiro”, enumera James.
Rodando a impressão é de conforto. As Alfas têm a posição de dirigir perfeita para uma boa pilotagem, com a alavanca de câmbio sempre ao alcance da mão. “A Berlina já fez viagens longas em dois casais. Também estamos participando dos 100 anos da Alfa em vários encontros: Águas de Lindóia, Araxá e São Paulo”, finaliza o dono.
Encerro o texto por aqui. Longa vida aos clássicos milaneses!
4 comentários:
Acho esse carro muito simpático, belo ele não é, mas tem um charme que cativa, especialmente pela esportividade que cai bem num carro que tem o design de um sedâ familiar, perfeito para carro de frota.
Mas quando se coloca o cuore na grade, tudo muda. O que era para ser banal, se transforma em algo fenomenal. Belo post Renato.
Gosto dessa Alfa, e a cor deste exemplar é perfeita para ele.
Para mim, esse foi o penúltimo dos sedans Alfa "clássicos", antecedendo o belíssimo Alfetta do qual o Alfa 2300 brasileiro é um clone em escala maior. Depois disso, a Alfa entrou em queda livre e só não se esborrachou porque caiu no colo da grande mãe Fiat.
A Berlina mais parece um lobo em pele de cordeiro, se o visual demonstra um carro mais comportado, e sem tantos apelos esportivos, apenas pelas rodas Mille Miglia e o Cuore Sportivo que denuncia não se tratar de mais um automóvel de linha familiar, é pisando no acelerador que esta Alfa mostra a sua verdadeira vocação esportiva. mesmo sendo bem mais tímidas que as famosas GTA da década de 1970.
O post dispensa comentários Bellote, muito bem feito e articulado, aliás quando os Alfa Roemo são literalmente retratados por você, parece que tu escreves com emoção e puro prazer, o vídeo também, as imagens parecem até ter recebido um tratamento 'vintage' o sombreado da locação proporciona esta impressão.
Parabéns mais uma vez pelos belos cliques, sobretudo o do plano detalhe que mostra o "Cuore Sportivo"!
abs.
ALYSSON PRADO "BALO"
Boa!
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